Fundamentos da CVP sobre a utilização de Autotestes COVID- 19 livremente adquiridos em Farmácias:

1. Certamente terão alguma utilidade, visto que neste tempo de exceção, poderão contribuir para alargar a testagem, quer pela simplicidade do acesso, quer pela facilidade na colheita da amostra, visto que não implicam zaragatoa nasofaríngea;

2. Orientam o comportamento individual, em função do resultado;

3. Impõem elevada responsabilidade, também a nível individual, tendo em conta a eventualidade de uso fraudulento (como viagens, incapacidade para o trabalho, por exemplo);

4. É imprescindível a comunicação de resultados, pelo que o posterior contacto com a Linha Telefónica do SNS- 808 24 24 24 é obrigatório;

5. No caso de resultado positivo, o autoteste não permite, por si só, o diagnóstico, visto que exige sempre confirmação por método molecular;

6. Perante um resultado positivo é preciso cumprir com rigor as normas de isolamento em vigor, mesmo antes da confirmação;

7. O autoteste não é um auto diagnóstico, uma vez que indica, simplesmente, uma situação presuntiva, isto é, presumível, que precisará de confirmação indispensável;

8. O consumo e utilização de autotestes vendidos em farmácias deve ser devidamente monitorizado;

9. A sua utilização massiva, deve obedecer unicamente a critérios de Saúde Pública, pelo que a distribuição, gratuita ou não, a pessoas residentes em determinados municípios não deverá constituir motivo de propaganda eleitoral, atendendo às eleições para as autarquias locais previstas já para Setembro próximo.

Lisboa, 31 Março, 2021

Francisco George (Médico CVP)

Gonçalo Órfão (Médico CVP)

João Lemos (Médico CVP)

Duarte Silva Soares (Médico CVP)

Leila Sales (Enfermeira CVP)